Maresia na Costa

12 novembro 2005

A Pesca à Chumbadinha

A pesca à chumbadinha é uma pesca extremamente gratificante e porventura uma das que permite bons resultados em zonas de fundos rochosos e mistos.

A montagem para a chumbadinha é extremamente simples, pois apenas consiste num estralho com cerca de 4 m e a dita chumbadinha de correr até ao anzol. As chumbadinhas são todas furadas e o seu peso é condicionado pelo estado do mar, deve ser o mais ligeiro possível, normalmente entre as 5 e as 15/20 gramas, estas últimas só para mares já bem revoltos.

Também se pode pescar directo se o carreto estiver com um fio de 0,20 a 0,25 mm, se o fio do carreto for mais grosso opta-se pelo tal estralho, a não ser que estejamos a pescar aos robalos, aí a conversa já é outra, podendo pescar-se mais grosso.

Para esta pesca e para que possamos colocar a chumbadinha longe, as canas a utilizar devem ser bastante sensíveis, acção máxima de 80-100 grs, e com cerca de 4 a 5 metros, os carretos de bóia são excelentes para esta pesca.

Não tenham receio de pescar com a chumbadinha encostada à iscada pois dado que o volume da iscada oferece mais resistência à movimentação da água leva a que esta afaste a iscada da chumbadinha.

Aliás, logo no lançamento, quando o isco e chumbo tocam na água, estes separam-se de imediato, pois o chumbo desce mais depressa que o isco, por este ser mais volumoso e menos hidrodinâmico desce mais devagar.

A acção da aguagem ou corrente faz o resto. Não tenham pois receio que o chumbo fique perto do isco e afugente o peixe, pois tal não acontece.

Pesca-se sempre com a cana na mão e o fio ligeiramente folgado a sentir o mar. Se este puxar deixa-se ir a linha mantendo-a ligeiramente esticada e quando o mar a traz acompanha-se com a cana enrolando um pouco.

Em dias sem vento é impressionante o grau de sensibilidade que temos com esta pesca. Quase que é possível sentir a iscada a rodar.

Preparem-se pois para sentir bastantes toques, notem que só deve ferrar-se quando o peixe arranca mesmo. Por vezes também é habitual o peixe embuchar e ficar sossegadinho sem estrebuchar, por isso de vez em quando devemos recolher 1 ou 2 metros, voltando a folgar quando fizer alguma aguagem.

Experimentem este tipo de pesca, vão gostar!

4 Comments:

  • Viva Amigo Ferreira

    Belo artigo este (para não variar).
    Mantenha essa paciência para o ensino e continue a fazer boas pescarias.

    Um abraço

    Vira

    By Anonymous Anónimo, at 3:54 da tarde  

  • Boas Ferreira
    Cá continuas tu na tua faina de ensinar o muito que sabes.
    Mas já agora podias fazer uns desenhos em "paint" e mostravas á aos ppl como são os teus aparelhos.
    Saudações

    By Anonymous Anónimo, at 10:58 da tarde  

  • ola amigo ferreira... interessantíssimo este artigo sbre a pesca à chumbadinha... mas fikei com algumas duvidas: se os fundos costumam ser nestes casos, rochosos, com a acção da corrente não será k o anzol obrigatória e naturalmente se vá prender numa rocha? e então lá se vão em cada lançamento o anzol e as chumbadinhas....um abraço, pacolitopinto

    By Anonymous Anónimo, at 2:53 da tarde  

  • Caro amigo

    Feliz acaso este, ao deambular pelo pescaemPortugal procurando algo sobre a pesca á "chumbadinha" encontrei o seu Blog.
    Desde ja parabens pelo esforço e pela qualidade do mesmo. artigo e blog.
    Se tive resposta para muitas perguntas surgiram-me outras tantas que gostaria de esclarecer.
    Por exemplo, sendo o material basicamente o mesmo, o que é que determina a escolha da pesca á chumbadinha em véz da pesca á boia? A metereologia, o pesqueiro? Quais as condiçoes ideias para a practica desta técnica?
    -No caso de utilizar o estralho de 4m qual é o nó que usa para unir á linha mãe?
    -Para além da posiçao dos chumbos qual é a diferença entre a pesca à "chumbadinha" e a pesca ao fundo extraligeira e ligeira?
    Fico esperando com a maior das expectativas resposta para estas questões.
    O meu obrigado e um abraço.

    By Anonymous Anónimo, at 10:16 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home